Psicoterapia ao Seu Alcance

Arte & Psicologia

Filme: Uma Mente Brilhante - Comentário

 

Este filme aborda o drama vivido por uma pessoa que sofre de esquizofrenia (personagem interpretado por Russell Crowe). O filme se torna mais realista e belo quando sabemos que foi baseado na história real de John Nash, um respeitável professor de matemática, que ganhou o Prêmio de Ciências Econômicas, em 1994, por sua teoria dos jogos. Este transtorno psicológico leva o paciente a entrar em um mundo paralelo, onde ocorrem alterações dos sentidos. Os esquizofrênicos relatam ter visões, ouvir vozes, sentir em seu corpo sensações que só ocorre a elas. Ocorre também uma distorção dos julgamentos, onde o paciente interpreta dados comuns (palavras e números) como mensagens secretas, espirituais ou conspiratórias. O quadro agravasse porque as alucinações são muito reais para o paciente.

Este filme mostra algumas características desse quadro psiquiátrico:

  • A esquizofrenia não compromete necessariamente a inteligência. Aliás, muitos esquizofrênicos são muitíssimo inteligentes. Percebe-se a inteligência inclusive na produção das alucinações. Há uma lógica na explicação que elas dão para suas alucinações e isso vem lhes servir de confirmação para o que percebem.
  • O tratamento da esquizofrenia envolve uma abordagem médica (psiquiátrica), com uso de medicamentos específicos para reduzir ou eliminar as alucinações. Também faz-se necessário um acompanhamento psicológico, pois o paciente vive uma angústia, uma ansiedade enorme e precisa desenvolver formas de lidar com esta realidade.
  • À medida que o paciente compreende seu quadro, adere a um tratamento medicamentoso adequado, entende a forma como as alucinações aparecem e consegue questionar a validade e a realidade delas, ele pode levar uma vida relativamente normal.
  • A participação da família é fundamental. Porém, é preciso respeitar o sofrimento dos parentes dos pacientes psiquiátricos. Eles vivem a ambigüidade entre a raiva, a dor e o desejo de abandonar contra o sentimento de culpa ou de amor mesmo que as responsabiliza de alguma forma pelo cuidado deste familiar. No filme, a esposa do personagem vive essa ambigüidade. Mas escolheu ficar ao lado do marido. E isso fez toda a diferença quanto à adesão, à evolução e motivação do paciente com relação ao seu tratamento. No final do filme, quando o personagem é homenageado com um prêmio, em seu discurso ele agradece publicamente à sua esposa por ficado ao lado dele e tê-lo ajudado a chegar aonde chegou.
  • A esquizofrenia não incapacita todos os pacientes. Alguns conseguem manter suas vidas, trabalhando, estudando, realizando as tarefas do dia-a-dia.

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